Candidato à reeleição no Pará comprou votos e obrigou eleitores a usarem óculos-espião na urna
Jovem foi abordada e declarou que havia recebido R$ 200 para votar em Edivaldo Borges; o valor, no entanto, só seria pago caso ela comprovasse o voto com o vídeo gravado pelo dispositivo

No município de Ourilândia do Norte, Pará, eleitores foram flagrados usando um óculos-espião para comprovar a venda de votos. O equipamento, com uma câmera embutida, foi identificado por uma mesária, que notou o uso do item por mais de um eleitor na mesma seção. A situação envolveu diretamente o vereador Edivaldo Borges Gomes, conhecido como Irmão Edivaldo (MDB), que estaria comprando votos para garantir sua reeleição.
A mesária relatou à polícia: "em determinado momento, observou um eleitor portando óculos com espessura extensa. E depois de alguns instantes, uma adolescente estava com o mesmo objeto no bolso". Ao perceber a situação, ela acionou a Justiça Eleitoral, que confirmou a presença da câmera nos óculos.
A jovem foi abordada e declarou que havia recebido R$ 200 para votar no candidato. O valor, no entanto, só seria pago caso ela comprovasse o voto com o vídeo gravado pelo dispositivo. Após ser preso em flagrante, Irmão Edivaldo foi liberado mediante pagamento de fiança. Ele agora responde por compra de votos e associação criminosa. Mesmo diante das acusações, o vereador reassumiu seu mandato e tentou se justificar na Câmara de Vereadores.
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